segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Mais um dia na Capital

A confortável fumacinha que sai da caneca anuncia um novo dia começando. Pela fresta da cortina vejo um pedaço de céu azul, um dia de verão na capital e mais um dia de trabalho para quem precisa. Sorvendo goles de chá, planejo o dia, as cobertas tornam o processo de sair da cama muito difícil e lento, teimo em continuar ali só por mais cinco minutinhos, os quais poderiam ser infinitos.

Ouço os carros passando, barulho de fábricas que começaram seus expedientes, transeuntes conversando, de longe o sinal do colégio toca. Uma onda preguiçosa me invade, me alongo, mexo braços, pernas, me estico, ensaio levantar. Olho pro lado ele ainda está dormindo, talvez sonhando. A ingenuidade matinal me domina, talvez mais dez minutos não façam tanta diferença assim, viro pro lado o abraço, durmo novamente.

Estou indo por uma estrada marrom, nenhum sinal de civilização. Ao meu lado estão duas garotas, não devem ter mais de 18 anos, estão segurando uma bacia não consigo ver o que há dentro. Avisto uma casinha totalmente abandonada, caindo aos pedaços, muito mato por toda parte. Continuo andando. Elas sorriem para mim e continua tocando aquela velha canção....

Abro os olhos, tem alguma coisa errada, o dia está mais claro do que deveria estar! Perdi a hora, encosto na caneca de chá, ela está gelada, levanto correndo, mas já não há como remediar. Como diz o poeta, o tempo não pára! Sem muito tempo pra pensar corro pro banho sorrindo, afinal têm coisas que valem a pena!

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